terça-feira, 2 de novembro de 2010

Homenagem a Todos os Entes Queridos...



*+ O Trem da Vida +*

Há algum tempo atráz, li um livro que comparava a vida com uma viagem de trem.
Uma leitura extremamente interessante, quando bem interpretada.
Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, cheias de embarques e desembarques,alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros.
Quando nascemos entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais.
Infelizmente, isso não é verdade, em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos, de seu carinho, amizade e companhia insubstítuivel... mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes que virão a ser super especiais para nós embarquem.
Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos.
Muitas pessoas tomam esse trem a passeio. Outros encontrarão nessa viagem somente tristezas.
Ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar quem precisa. Muitos descem e deixam saudades esternas, outros tanto passam por ele de uma forma, que, quando desocupam seu acento, ninguem nem sequer percebe.
Curioso é constatar que alguns passageiros que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos, portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante o trajeto, atravessemos com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles... só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois terá alguem ocupando aquele lugar.
Não importa, é assim a viagem, cheias de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas... porém jamais, retornos.
Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando sempre, que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.
O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual estação desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.
Eu fico pensando se quando eu descer desse trem sentirei saudades... acredito que sim. Me separar de alguns amigos que fiz nele será, no mínimo dolorido. Deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza será muito triste, mas me agarro na esperança que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram... e o que vai me deixar feliz, será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.

Amigos façamos com que a nossa estada, nesse trem, seja tranquila, que tenha valido a pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem.

Autora Silvana Duboc.

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